quarta-feira, 8 de junho de 2011

Vinte e nove...


Quase trinta e na verdade é o quase que me incomoda... a sensação de quase chegar lá, quase conseguir permanecer na academia de ginástica. O estado de gerundio constante de estar "envelhecendo", "ficando" careca, "trabalhando", e nunca "tendo" dinheiro... mas quer saber? Isso é o de menos. eu nunca sequer imaginei que chegaria aqui. Nunca fui daqueles que pensa no futuro, até mesmo porque eu não acreditava em um. Só que algo mudou, eu mudei!
E agora? Penso na mansidão de uma noite de sono (que eu nunca consigo), e mesmo em sentir aquele cheiro que eu tanto gosto... lógico que os desejos me vem, mas o que posso eu fazer com eles? De que me adianta querer um iPhone e depois ter que gritar: ai fome!
Coisas que demoram pra acontecer, cair a ficha... fazer clique... quase trinta!
Quase trinta anos de questionamento, e mais quase trinta anos de total isolamento. Cansei!
Estou me abrindo ao novo, me permitindo o excesso. Bom ou ruim... a vida saberá me ensinar... pelo tempo que for ou durar... clara na minha cabeça só a idéia de que amanhã é outro dia... que pode dar reviravolta e que sim EU VOU PASSAR PERFUME! O resto é incógnita.
Quase trinta e eu ainda estou aqui, pensando no que fazer... e com muito medo... quase trinta.
Não tô desabilitando a possibilidade de nada, mas estou revendo impossibilidades...
aos que me amam... quero presentes e presença... perfumes, gadgets e coisinhas... aos demais me desejem sorte... agora é tudo novo de novo!

domingo, 5 de junho de 2011

Coisas...


Sim eu sei... sou muito sazonal. não posto aqui com frequencia, aliás quase nunca... tenho esse problema com a linearidade do tempo. Só que hoje eu senti necessidade de falar... pra alguém ou pra ninguém, porque não sei se alguém lê isso aqui, mas de qualquer forma tenho me sentido um tanto angustiado... já não sei do que correr ou para onde correr... estou envelhecendo, o mundo está... e já não me sinto confortavel com uma sserie de coisas com as quais compactuo por necessidade... não me sinto confortavel na minha casa, na minha pele... na verdade eu adoraria explodir o encanamento, e explodir meu peito (por enquanto só posso fazer isso em lágrimas) numa atitude libertária. Estou com dificuldades, estou com pouca grana, estou com muitos desejos que vão se tornando cada vez mais realidade distante. Eu preciso de ajuda, qualquer ajuda que me faça ver sentido numa existência tão pesada e cruel... Eu apenas me disfarço de sarcasmo, ironia, empáfia... mascaras tão intransponíveis que as vezes me prendo dentro delas.
Eu preciso de alguém que me ouça e que me julgue o mínimo... que compreenda o quanto sou fragil e me ajude a transformar a dor em poder.
Eu não sei se o que peço é justo ou muito...
Já não quero mais chorar essas mesmas lágrimas, eu só quero ter gente boa ao meu redor que me ajude a acreditar que a vida não é só um fardo pesado. Apesar de sim ela ser.