(Gabriel Marquez)
Eu tentei te dizer
Eu tentei te dizer
Eu tentei te avisar
Que um dia iria acabar assim
Eu tentei te dizer
Agora é em vão
Sobrou sua aversão por mim
Eu não sei mais se eu sou
Quem acha que eu devia ser
Eu não sei mais se eu vou
Fingir que ainda posso ser
Eu te avisei
Eu te avisei
Eu te avisei
Eu vou até o fim
Eu vou até o fim
Eu fiz o meu melhor
Guardei o meu pior pra mim
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
É mágoa...
...já vou dizendo de antemão. Eu na verdade não estou conseguindo me livrar dela. Tenho achado injusto. Sinto vontade de verbalizar. De falar muito alto. Ela é um monstro. Linda, mas um monstro. De feitos monstruosos. Crueldade monstruosa. É um monstro porque me faz sofrer. É um monstro do qual preciso me livrar, e eu sei que vai doer. Já está doendo muito. Já não sei mais o que esperar, já não sei mais confiar. O monstro não vai perceber... mas suas próximas vítimas também vão acordar de seu transe. Todos acordam. Os bobos como eu, os gregos, os frouxos, os esquisitos, os sapos, os sacanas, os mauricinhos e até os morenos... todos acordam. E vêm que a sereia maravilhosa não passa de um monstro cruel. Um monstro que como Pedro é capaz de te negar, pior que Pedro que negou Cristo por três vezes o monstro será capaz de te negar por uma noite inteira. Para salvar a própria vida? Nunca... apenas para manter o próprio orgulho. É um monstro... que não é capaz de ver alguém que ama como individuo. Que faz dos outros capachos. Um monstro que está certo de seu êxito. Mas não passa de um monstro. Um monstro que me magoa... sempre e mais. Um monstro que te abandona no momento em que você mais precisa... Um monstro que te exclui... que te critica... caçoa e faz chacota de suas características. Não respeita suas vontades. Um monstro que não te ama... e jura sempre o contrário. Um monstro que diz fazer tudo, menos aquilo que eu espero... e eu peço. Deixo claro. Não faço tipo. "...Eu não minto, eu não sou assim..." Será que os monstros têm a dimensão do sofrimento que causam na vida dos outros? Monstros não devem ter consciência. É monstro... tinha tudo pra ser diferente, porque eu te amo desinteressadamente. Mas você tocou o amor de monstruosidade. Transfigurou a amizade em dor. É um monstro que sequer sabe admitir... Eu admito, é mágoa! Que não muda a dor de tudo. É monstro... no momento em que mais precisei... Você me abandonou! Segue... seja um monstro feliz!
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Desejo
Victor Hugo - França - *1802 +1885
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.
Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito
De suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
Injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta.
Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque, assim, você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga “Isso é meu”,
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.
Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por ele e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
Sem se lamentar e sofrer sem se culpar.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Já nem sei...
...quem sou. Ou o que sou. Sei que já não sou o que eu era. Sei que sou diferente agora. Sei também que ainda vou mudar muito. E sempre! E a cada momento! Sempre novo. Tudo novo de novo. Eu juro que eu não queria me apaixonar... mas aconteceu, e agora eu fico querendo estar com essa paixão! E o pior é que a paixão se interessou pelo meu grande amor! Confusão certa! Amor para mim é diferente de sexo... tudo é diferente. Eu sou diferente. O mundo é muito injusto. Eu quero esquecer essa paixão. Mentira! Eu quero viver essa paixão! Porque é tão díficil? Eu fico imaginando o fim dessa história. Na verdade eu não quero que ela tenha fim. Eu quero que ela comece. Choro por esse momento, a cada momento. Você podia tanto saber que eu existo, melhor saber que eu te quero! Onde foi que eu errei? Não faça isso comigo. Não me tire o direito de sonhar. Preciso encontrar a direção. Ai... nem sei mais o que tô falando. Mas eu tô falando de amor. Acho que falta de amor próprio. Falando de amor e não da sua doença! Alguém me ajude. Me aponte uma direção. Por favor sem traições. Não me apunhale pelas costas, eu não vou saber viver com essa dor! Espero que você saiba o valor que você tem para mim. Eu não sei que eu sou, devo ser o que me tornei!
domingo, 30 de novembro de 2008
Sem título, sem rótulo....
As vezes sinto uma vontade imensa de dizer algo que não sei bem o que é. Na verdade tenho necessidade de exprimir, mesmo que seja o inexpressivo. Soa bastante confuso, e na maioria das vezes deságua na frustração. Por isso gosto tanto de música, elas conseguem falar por mim com exatidão... radiografam de formas certeiras muitas das impressões que tenho do mundo, da vida. E por isso que amo tanto a moda, ela me dá a possibilidade de vestir meus personagens de forma coerente e inconseqüente. Ser muitos. Todos eles e nenhum deles. Ando num momento de mudança. De movimento. Transformador. Tenho feito muitas descobertas sobre minha pessoa. Complicado até não conseguir mais. Mas já consigo olhar para mim e detectar certa normalidade, certa linearidade que há muito tinha desistido. Hoje vejo que o possível está mais proximo´, e que o meu deseja não é meu inimigo, talvez ele ainda não seja meu amigo mas estou super disposto a fazer amizade. Pra melhorar: eu estou super disposto. Detectei também que eu mesmo trancafiava a minha vida na jaula da impossibilidade. Fechava com um não, sem adimitir um porque. Burrices à parte, me sinto melhor, mais inteiro, mais livre.... A música conseguiu dizer por mim..."Modern men dream what they can't say." (Homens modernos sonham com aquilo que não podem dizer.) E quer saber? Agora eu até consigo dizer muito mais coisas! Consigo até olhar para a paixão e admirá-la, apesar de não ter idéia do que fazer com ela. espero descobrir. Momento de mudança... movimento. E mais uma detecção... a música também me ajudou a dizer: "Só deixo meu coração na mão de quem pode fazer da minha alma suporte pruma vida insinuante..."
Sem mais tédio, conformismo, aceitação ou julgamento... No melhor estilo vale-tudo... Dessa vez tá valendo mesmo... Aberto ao novo....
E você... continue na dúvida!
Sem mais tédio, conformismo, aceitação ou julgamento... No melhor estilo vale-tudo... Dessa vez tá valendo mesmo... Aberto ao novo....
E você... continue na dúvida!
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Sim...
Parece que vai mudar de novo, mas desta vez eu decidi mexer na fundação. Vou demolir as estruturas e quem sabe até recomeçar a construção.
Não. Não vou reconstruir absolutamente nada.
Vou fazer tudo diferente. Ao menos vou tentar fazer diferente... não sei ao certo ainda o que vai acontecer.
Sei que vai acontecer algo.
Devo construir em alguma dessas encostas.
Restrigir o acesso? Não. Manterei sempre as portas abertas. Dessa vez pra um número maior de pessoas.
E dessa vez para mais diversidade.
E pra mais música.
Vou reservar grande espaço disso para o descanso.
A outra grande parte para o trabalho. Também para o silêncio.
É parece que terei trabalho... logo mãos à obra!
Não. Não vou reconstruir absolutamente nada.
Vou fazer tudo diferente. Ao menos vou tentar fazer diferente... não sei ao certo ainda o que vai acontecer.
Sei que vai acontecer algo.
Devo construir em alguma dessas encostas.
Restrigir o acesso? Não. Manterei sempre as portas abertas. Dessa vez pra um número maior de pessoas.
E dessa vez para mais diversidade.
E pra mais música.
Vou reservar grande espaço disso para o descanso.
A outra grande parte para o trabalho. Também para o silêncio.
É parece que terei trabalho... logo mãos à obra!
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