domingo, 4 de janeiro de 2009

É mágoa...

...já vou dizendo de antemão. Eu na verdade não estou conseguindo me livrar dela. Tenho achado injusto. Sinto vontade de verbalizar. De falar muito alto. Ela é um monstro. Linda, mas um monstro. De feitos monstruosos. Crueldade monstruosa. É um monstro porque me faz sofrer. É um monstro do qual preciso me livrar, e eu sei que vai doer. Já está doendo muito. Já não sei mais o que esperar, já não sei mais confiar. O monstro não vai perceber... mas suas próximas vítimas também vão acordar de seu transe. Todos acordam. Os bobos como eu, os gregos, os frouxos, os esquisitos, os sapos, os sacanas, os mauricinhos e até os morenos... todos acordam. E vêm que a sereia maravilhosa não passa de um monstro cruel. Um monstro que como Pedro é capaz de te negar, pior que Pedro que negou Cristo por três vezes o monstro será capaz de te negar por uma noite inteira. Para salvar a própria vida? Nunca... apenas para manter o próprio orgulho. É um monstro... que não é capaz de ver alguém que ama como individuo. Que faz dos outros capachos. Um monstro que está certo de seu êxito. Mas não passa de um monstro. Um monstro que me magoa... sempre e mais. Um monstro que te abandona no momento em que você mais precisa... Um monstro que te exclui... que te critica... caçoa e faz chacota de suas características. Não respeita suas vontades. Um monstro que não te ama... e jura sempre o contrário. Um monstro que diz fazer tudo, menos aquilo que eu espero... e eu peço. Deixo claro. Não faço tipo. "...Eu não minto, eu não sou assim..." Será que os monstros têm a dimensão do sofrimento que causam na vida dos outros? Monstros não devem ter consciência. É monstro... tinha tudo pra ser diferente, porque eu te amo desinteressadamente. Mas você tocou o amor de monstruosidade. Transfigurou a amizade em dor. É um monstro que sequer sabe admitir... Eu admito, é mágoa! Que não muda a dor de tudo. É monstro... no momento em que mais precisei... Você me abandonou! Segue... seja um monstro feliz!